Empunhando meu báculo prestímano, sinto o poder e não subestimo.
Transformo-me num mago celta de vestes chamejantes e gestos céleres.
O báculo tem o poder da transformação, transforma os homens que passam pela ruela em estatuas de reis esfarrapados e mendigos de ternos.
e destorcem as arruelas das cabeças prestes a não mais pensar.
Transforma os trejeitos em jeitos para se transformar,
Abrem as celas das micelas elipsóides e libertam os humanóides.
Transforma as sobras em farturas e livra os esfomeados das torturas
Faz jorrar água purificada do ventre que existe entre as montanhas.
Transforma energia em luz que ilumina a porta da mina onde dormem os já iluminados.
Rasga as cortinas de cetim para o vento se sentir a vontade
Transforma rifles em rifes de guitarras, e divide as partes em partes iguais.
Faz do dom uma liberdade sem donos e evita os duelos entre elos incompatíveis
Transforma agonias em harmonias e reticências em essências.
Transforma as migalhas em malhas para cobrirem os corpos carecidos
Lembra do esquecido não só depois de ter morrido, confecciona vida em tabuleiros resistentes para gerarem indivíduos consistentes.
Transforma filho sem pai em pai, filha que lamenta em mãe que amamenta.
Transforma linhas em dizeres, letras em prazeres e o recomeço do fim num começo sem fim.
Como dizia Lavoisier; "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".