Que falava de mim e dos outros
Que na verdade somos nós.
Da voz ativa do vocalista que seguia sua lista,
E de um trecho que dizia assim;
“Hoje estamos aqui para comemorar mais um dia que sai da minha poesia”.
Assim todo mundo canta,
Vozes na madrugada, onde quem dormia se levanta.
Segue-se o coro; que falava de mim e dos outros,
que na verdade somos nós.
Escuto os rifes do violão, o som da criação.
Vejo o medo indo embora pela contra mão.
E quando olho para mim mesmo lembro dos outros,
que na verdade somos nós.
E grito que faz um eco, suspiro e continuo.
Os acordes retribuo, e quando canto mais alto
Peço ajuda ao velho sueco.
A magia do encontro, que falava de mim e dos outros,
que na verdade somos nós.
As vozes exalam as melodias, até quem não cantava.
Aprendia, a canção entrava a noite e varava o dia.
Numa nota que dizia assim:
“Hoje estamos aqui para comemorar mais um dia que sai da minha poesia,
Que falava de mim e dos outros,
que na verdade somos nós”
Romir Fontoura
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