quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

CORPO AFLITO


Às vezes penso na partida mais espedaçada
Como uma pétala que se desfaz ao rajar do vento.
As formas se confundem dentro do corpo aflito
Tomam formas sem equilíbrio e já não mais voam.

Mesmo distante os olhos percorrem o horizonte
A planificação da visão percorre a distância,
Como um cavalo galopando sem destino
Sem Del, o corpo aflito nunca chega.

Toda voz se cala, quando a solidão percorre as formas.
E dentro de cada corpo a ânsia imatura,
Como frutos maduros que se desprendem dos galhos.
E ao cair um retrocesso do acaso.

Exemplifica-se um formato único e sensível
E as cores de um tal desejo se misturam
Como um arco íris que interliga o horizonte
E distante dos pés... Os passos.

O vôo da adversidade com suas asas esmigalhadas
Os pedaços nunca se juntam no ar,
À parte do corpo que se fazia voar
Já não mais levita.

A concepção que emotiva o espaço,
Traz um novo brilho que vem das criaturas antigas,
Como uma criança que observa estrelas cintilantes no céu.

E as peças que se desfazem,
Vão se unir em um novo tempo...
Mais sólidas como pedras maciças de uma rocha.

E bem distante dali;
O tempo ainda exibe suas asas imponentes
Sobrevoando como um passaro raro,

Pousando sobre a cabeça do corpo aflito, como um corvo, um abutre.
E findando seus dias.



((((((Romir Fontoura))))))



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