domingo, 19 de setembro de 2010

Um passo no espaço, e entre os passos um espaço, que me faz percorrer mais espaços


De novo de olhos abertos temperando em pitadas o passar do dia, meu espelho me saúda de manhã conforme olho dentro dele, dentro de mim para mim mesmo não minto e minha imagem é o que sinto, qualquer caminho me leva para longe e em qualquer distância me sinto perto.

Um passo no espaço, e entre os passos um espaço, que me faz percorrer mais espaços, consigo e sigo, projeto um novo trajeto na proporção do insinuante caminho... Seguir é relevante um projeto atenuante, e quando chegar de novo voltar na insígnia da lembrança outro tempo inventar como quem inventa moda, que se torna molde de vida.



-..- Romir Fontoura -..-


Ignoro o ignaro


Ignoro o ignaro
Que avulso ao avesso
Hora chora, hora ora.
Omisso do compromisso
Truca e retruca

Apetrechos de trechos
com lagrimas sem rimas
atura a leitura
Pira e respira
Faz do grito seu rito.

Feito sujeito
Na ala da fala
Declama e reclama
Acorda com a corda
No esboço do pescoço.


Romir Fontoura

quarta-feira, 3 de março de 2010

Um compromisso sem hora marcada com a madrugada (Alegria em doses)


Entender o ser e viver sem ter; Uma desculpa como culpa,
Um momento de alivio, um grito e um assovio.
Um excesso no recesso,

Uma roupa que me vista nu, um pedaço de um dia cru.
A noite temperada, a estrela pelada
A dose no fundo da garganta, o estagio da mudança
A alegria vem em doses a rua deserta exala vozes.

Entender o ser e viver sem ter
Um compromisso sem hora marcada com a madrugada,
Voltar quando todos tiverem ido e acordar sem ter dormido.
Um aço do melaço,Um grupo de folgazões e suas emoções.



...Vamos desorganizar o que ta muito organizado, senão vira bagunça...

"aço do melaço" - alusão a pinga com melaço do "Bar do Pipa" que deixa num aço...



Romir Fontoura

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Palhaço ( A imagem de um sorriso no espelho de uma visão)


Sou um palhaço sincero não trago no bolso um vintém,
que chora quando o riso não vem.
Quando volto a me fantasiar de ser humano,
Sinto-me um espantalho descoberto sem o pano.
Vivo das alegrias e os homens de suas alergias.
Contento com as faces sorrindo,
mesmo com o pouco ando indo e vindo.
Incremento o sofrimento no sofisma de um riso,
sem apego, piso no rabo da realidade para não acomodar com tal sossego.
Ensino a malandragem de como não se tornar malandro,
visto de super herói maquiado como um marinheiro coloca seu escafandro.
Sou a imagem de um sorriso no espelho de uma visão,
com gestos e palhaçadas sou empregado, sem nenhum patrão.


"Uma ressalva aos palhaços verdadeiros quase em extinção, não aos verdadeiros palhaços que continuam se proliferando"
«««Romir Fontoura»»»

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

SIGO PENSANDO E CULTUANDO O IMAGINÁRIO


Sigo.. Pensando e cultuando o imaginário, atrevo-me a desafiar o ignaro.
Sem calcular as batidas de asas do colibri, percebo os pingos de chuva misturar com meu suor, assim a terra se fertiliza mais rápido naquele instante.

Estendo a mão para cumprimentar um galho de arvore, o vento me retribui com os frutos que caem, cuspo a semente e a carcaça do fruto, o que restou pra mim,
virou ceia aos passarinhos.

As formigas fazem filas, mas não enfrentam os bancos, economizam o ano todo, não desperdiçam... Níveis avançados de sociedade.

Sigo... Pensando e cultuando o imaginário,
A água que vem da terra volta ao céu, à água que vem do céu volta a terra, as veias abertas da terra escorrem água para matar a sede do poder, enquanto os homens derramam sangue pelas calhas da involução.

Deito na grama em meio a sombra de uma palmeira, fecho os olhos mas mesmo assim ainda vejo o sol imponente.
Assim... descanso meu esqueleto, e organizo minhas idéias e sigo pensando e cultuando o imaginário de uma vida mais “bela”.





...Aos "vultos" dos tempos remotos...



«««Romir Fontoura»»»

domingo, 10 de janeiro de 2010

CORAGEM (Elos do castelo)


As cores que agem nas vestes da coragem,
o espelho que exibe sua imagem.
A eximia existência, insistência e resistência,
medo por aqui não tem residência.
Alugue seu terreno e construa seu “castelo”de pedra em pedra, de elo em elo..
Lá no alto, bem lá do alto empunhe sua bandeira,
como quem risca no corpo uma tatuagem;
Em letras bordadas e expansivas:“CORAGEM”


**Romir Fontoura**



...Homenagem ao amigo "Cláudio" (El Chile)... que pelas suas andanças cria alianças, e por aqui criou seu "Castelo" como um elo entre nós e o que ja se foi...como ele, em suas andanças...Grande amigo será que um dia te vejo de novo? "como dizia ele mesmo, não pergunte para mim pergunte ao cara lá de cima"...