quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Palhaço ( A imagem de um sorriso no espelho de uma visão)


Sou um palhaço sincero não trago no bolso um vintém,
que chora quando o riso não vem.
Quando volto a me fantasiar de ser humano,
Sinto-me um espantalho descoberto sem o pano.
Vivo das alegrias e os homens de suas alergias.
Contento com as faces sorrindo,
mesmo com o pouco ando indo e vindo.
Incremento o sofrimento no sofisma de um riso,
sem apego, piso no rabo da realidade para não acomodar com tal sossego.
Ensino a malandragem de como não se tornar malandro,
visto de super herói maquiado como um marinheiro coloca seu escafandro.
Sou a imagem de um sorriso no espelho de uma visão,
com gestos e palhaçadas sou empregado, sem nenhum patrão.


"Uma ressalva aos palhaços verdadeiros quase em extinção, não aos verdadeiros palhaços que continuam se proliferando"
«««Romir Fontoura»»»

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