quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Óscar Arnulfo Romero Galdámez
Sacerdote católico da América Central nascido em Ciudad Barrios, El Salvador, no Dia da Assunção da Virgem Maria e mártir da luta pelos direitos humanos na América Central. Foi ordenado sacerdote (1942) e tornou-se Bispo Auxiliar de São Salvador (1970), com o lema de sua vida: Sentir com a Igreja. Os anos em que passou como Auxiliar foram muito difíceis, devido a um sacerdócio tradicionalista, com posturas conservadoras diante da situação, que não se adaptava à pastoral social que impulsionava a Arquidiocese, além do difícil ambiente na capital e a situação da violência assustadora. Tornou-se Arcebispo de San Salvador (1977) e o assassinato do seu amigo, o jesuíta Padre Rutilio Grande, em 12 de março daquele ano, e de um grupo de camponeses, inclusive crianças, que regressavam de um ato litúrgico, assassinados sem compaixão por alguns militares, revolucionaram a sua vida. De pessoa fortemente conservadora, introvertida e pouco aberta às aspirações do seu povo, despertou para a gravidade da situação de injustiça e violência que se vivia e compreendeu que a sua missão de pastor era tornar-se defensor do povo, a voz dos sem voz. Começou a se identificar mais com os pobres e a chamar os assassinos e opressores pelo nome e sua pregação começou a dar frutos na Arquidiocese, a união do clero e dos fiéis em torno do seu chamado e a proteção da Igreja. A situação complicou-se após a eleição reconhecidamente fraudulenta do general Carlos Humberto Romero para a presidência. A violência e a opressão da elite salvadorenha apoiada pelos Estados Unidos acentuou-se e pela sua postura dura contra a violência e as injustiças de que o seu povo era vítima acabou por receber inúmeras ameaças de morte, tendo sido assassinado com um tiro no coração por um franco-atirador, no dia seguinte a ter ordenado em nome de Deus, o fim da repressão contra o povo, enquanto celebrava a Eucaristia na capela do Hospital La Divina Providencia em San Salvador, a 24 de março (1980).
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