segunda-feira, 22 de outubro de 2007

UM DIA APRISIONO O TEMPO


O tempo passa, mas se refaz
Fazendo de cada um, um espelho
Sem reflexo, um corpo sem sombra.

Tanto tempo, bons tempos
Tempos que não voltam mais.

Um dia estive aqui
No outro estava ausente.
Esperei para nascer
E vivo esperando.

Sou cria da espera
Enfrentando a fila
que não anda.

O tempo passa, mas se desfaz
Em palavras, em gestos, em formas.

Sou cria da espera
Enfrentando a fila
que desanda

Um dia passei Por aqui
No outro estava distante
Esperei pra saber
E vivo esperando.

O tempo passa, mas se faz;
Mistério, infinito, imenso.

Sou cria da espera
Enfrentando a fila
Que desfila.

Um dia aprisiono o tempo
Dentro de um vidro sem tampa
E quando passar o tempo
Vou saber se o tempo fugiu.

**Romir Fontoura**


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