Quando eu vi a incidência da luz entre os dedos,
Percebi que estava em consternação, uma agonia constante.
De um desejo intermitente.
Fáceis acessos a caminhos inalterados,
Nessas horas, todos te seguem.
Num pranto, ainda planto a semente do oportuno,
Na relva da manhã que emana a terra inusitada.
As covas rasas, pedaços de ossos incólumes.
E a luz entre os dedos vem dos focos dos vaga-lumes.
Criaturas acesas, ligadas, envoltas.
Vôos em viravoltas, a cada brilho.
Sigo outra luz, outro paradeiro.
As velas acesas a um palmo do chão,
Escorrem suas parafinas lustrando.
A morada de pedra, ornamentada de flores já sem perfumes.
O corpo desfragmentando dentro da casa de pedra,
A terra infértil de adubo humano.
Cruz cravada na sentinela
Alma que vaga da espinhela.
Diga adeus às coisas.
Desprenda-se do que te prende.
E quando na escuridão.
A luz incidir entre os dedos.
Lembre-se dos vaga-lumes,
Emanando suas luzes.
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