sábado, 26 de fevereiro de 2011

RIBEIRÃO DO CARMO


Líquido claro e frio que nasce a montante e morre a jusante...
Ôh sangue da terra! que hoje já não é mais um rio...

Foge no embalo da gravidade, pesado de esgotos e outras porcarias....
O que fizeste no passado para hoje merecer tamanho castigo???
Ôh rio! de cidades históricas, heróico é a sua insistência de manter-se vivo em meio tamanho desprezo...
Você que antes carregava a vida e que agora espalha a morte é sinônimo de cólera, hepatite, amebíase e leptospirose...
Ninguém mais em teu corpo pode adentrar, a sua água já não dá mais prazer e nem mata a sede de um homem que ainda depende dessa fonte para viver...

O que te resta, ôh rio! são canos de PVCs soltando ás mesmíssimas fétidas em seu longo caldário... Por isso, foge... Foge! Ôh rio... que não é mais de ouro... Foge! Ôh rio... de dejeto humano...


Edson "Cavernoso"


Versos verdadeiros do sempre amigo !!

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