quinta-feira, 28 de julho de 2011

A vida continua mesmo nua



Algemado ao gemido,
com força para a forca
Oprimido ao comprimido
Sem ânsia pela tolerância
Não sente o sabor do mundo imundo.

Cava a cova
Risca o peito como isca
Deixa sem ação o coração
Tange o sangue

Experimenta a tormenta
Degusta a angustia
Erradia a covardia
hora chora.

Doma numa redoma
Marca com a cor da dor
Assina a sina
esmaece e esquece,
que a vida continua mesmo nua.






Aos que ainda estão por "aqui"....



-'- Romir Fontoura -'-

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