quinta-feira, 28 de julho de 2011

No acervo do mundo, sirvo; ( depois vai depender do amparo)


No acervo do mundo, sirvo;
Trago idéia no feto da consciência,
ando atrás das minhas pegadas, regadas no horizonte.

Sou parte da engrenagem na configuração da nação, em ação.
Ator coadjuvante de um instante qualquer que vier,
subordinado do acaso imediato, inexato.
O que escrevo relato tudo em um ato, de fato.

No acervo do mundo, sirvo;
Faço de mim um pouco de você entre nós para eles,
contornando luzes nos pequenos espaços que se expandem,
homens feitos de aço, corações de brinquedo pulsantes,
enigma do esconderijo inoportuno do ser que tem sido,
ei de querer, só não sei o que.

Antes e depois serei o mesmo, a esmo.
Desatando os nós dos compromissos sem ser omisso,
um retrato de família sem um ente, filho ausente.
A cria que recria encarna o dom decente,
A cor da coragem só tem um tom presente.

No acervo do mundo, sirvo;
Enquanto faço, enquanto produzo,
enquanto crio, enquanto relato,
enquanto duro... sem reparo,
depois....
vai depender do amparo.






"...Ao acervo do mundo dos quais
fazemos parte, sem reparo..."




.,. Romir Fontoura .,.



"Aos construtores e suas construções"

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