segunda-feira, 2 de novembro de 2009

AMIGO É AQUELE QUE VOLTA


Volta depois de um dia de tempestade para te ajudar a tirar a lama,
volta quando você tomou a decisão de não mais consumir alcool e não fazer mais festas varando a madrugada,
volta quando você está enfermo e precisa de ajuda,
volta, não para te contar uma fofoca corriqueira, mas sim para te falar algo positivo,
volta a sua casa a pé, depois de ter vendido o carro,
volta depois de uma discussão banal e esboça um grande e estimulante sosrriso,
volta depois de passar 15 anos sem te ver,
Volta no dia de seu aniversário mesmo não tendo grana para lhe comprar um presente,
volta cheio de entusiasmo para te cumprimentar depois de uma grande conquista sua,
volta quando você esta desempregado e tenta fazer alguma coisa a favor para diminuir sua angustia,
volta quando sua família está passando dificuldade e te oferece uma mão amiga,
volta quando você não percebe mais que está decadente, drogado, paralisado psicologicamente, volta ensopado num dia de chuva, ou pingando suor num dia de sol a pino,
volta no dia de folga para uma conversa amigavel,
volta e erradia como a luz do dia.
volta sem compromisso, sem interesse, mas com disposição de ter você como um irmão,
volta zangado com alguém para te pedir alguns conselhos,
volta chateado com a demissão, querendo esganar o patrão,
volta todo cheio de moral para falar da garota bonita,
volta para te ajudar na mudança, na limpeza da nova casa,
volta para te ajudar num projeto futuro,
volta para falar dos fatos do passado,
volta para evidenciar o presente,
volta para voce não se sentir ausente; volta chorando, volta sorrindo, volta nervoso, volta paciente, volta revoltado, volta complacente, volta sujo, volta limpo, volta perfumado, volta suado, volta intrigado, volta entusiasmado, volta inusitado, volta de repente mas volta.....


«««Romir Fontoura»»»

O SÚDITO NO SÚBITO DO CALVÁRIO


O súdito no súbito do calvário,
as mãos postas em apostas,assim se vive mais um dia.
Esperando o tempo salivar sua garganta profunda.

E na cacunda o fardo árduo, postos em sacos de existências
como pacotes de arroz nas prateleiras volumosas do mercado,
o preço marcado do futuro em juros.

O súdito no súbito do calvário,
entre linhas tenta encontrar sua “cor”, impressa na impressora
que de folha em folha resume o capitulo da dor.

Entre pregos e espinhos pontudos,
egos e caminhos obtusos.

O óleo que sai do corpo,
o sangue que escorre da engrenagem.

o súdito no súbito do calvário,
e na cacunda o fardo árduo,
carregando pacotes de arroz para repartir aos esfomeados.


««« Romir Fontoura »»»

PINGOS RAJADOS


Preso em casa vejo das grades a chuva cair.
Os pingos rajados enganam minha vontade,
É... Chuva, eu so não te convido para entrar,
porque você nem me convidou para sair...

»»»Romir Fontoura«««




....como dizia JIMI HENDRIX num trecho da musica FIRE; "Você tenta me dar o seu dinheiro, É melhor você poupar isso, baby Poupe isso para seu dia chuvoso" era para não gastar a grana... a maior poupança é a chuva !!!