domingo, 25 de novembro de 2007

ESTIVE PENSANDO EM VOCÊ



Estive pensando em você,
Na sua face singular que esconde tal sorriso,
Presa dentro desta cavidade de alvenaria,
A ânsia em percorrer mundos distantes.
Vidas distantes, céus distantes de infinito azuis.
Caminhos intensos e extensos.

Estive pensando em você,
Só pra discordar de sua “excelência”,
Pra te mostrar que sua existência tem essência
Sua visão de si mesma, é um jardim suspenso dentro de sua alma.
Seu espírito forte, massivo, consistente, uma vencedora que carrega o ônus dos anos.

Estive pensando em você,
És forte, és mulher
“Grande Mulher”
supra terrestre, intra terrena, terrena...
um olhar que mesmo sem ver, contagia
o choro traz a tona a nostalgia.

Estive pensando em você,
Mesmo distante, és possante.
Como uma fileira de formigas que carrega a carga da vida, para recompor seu mundo.
És significante, és brilhante, és rara por ser você mesma.
Mesmo quando os desejos são ácidos, e as ilusões são básicas.

Estive pensado em você,
És talentosa, és mulher
“Pequena Mulher”
mega terrestre, hiper terrestre, terrena
brilhante como uma estrela que enfeita aquele céu distante.

Estive pensando em você,
Nossa vida não pode ser só isso,
Se resumir só a isso, perder o que ainda não se conquistou.
Chorar sem lagrimas, prender o riso dentro do peito.
Inventar para se redimir.

Estive pensando em você,
Imaginando sua voz, sua pulsação aguçada lembrando da pessoa amada,
Sua carinha de riso, sua forma de discordar, nos seus escritos transcritos,
Na sua sobrevivência...

Estive pensando em você,
Apesar de ser “ingrata” fico grato
Fico satisfeito como um suspeito sem culpa.
Fico profundamente aceso nas madrugadas esperando suas letras digitadas
Suas palavras decentes, seus versos eloqüentes.


Estive pensando em você,
E quando penso em você, lembro de mim
E quando lembro de mim, penso em você.
Por que sinto...
Que mesmo distante, esta tão perto
Tão presente, tão marcante...


Estive pensando em você,
És viva, és amiga
És suntuosa
Mesmo distante, esta aqui do meu lado.
Grande, pequena, terrena ...
Pequena, grande, terrena...
Terrena, grande, pequena...

Estive pensando em você,
E agora já posso dizer;
És uma “GRANDE” mulher
És uma “PEQUENA” mulher..
Mesmo distante sinto os ecos de sua risada..
E ai fico sorrindo sozinho....


Romir Fontoura





ESTIVE PENSANDO EM VOCÊ NOVAMENTE

Nos seus olhos vidrados no monitor querendo transporta-se dali
Nas suas formas curvilíneas, uma auto estrada sem sinalização mas que leva até seu coração.Na sua expectativa em colher manhãs, em arvores noturnas.
Na sua divisão celular, geneticamente a carne é fraca, mas a síntese da amizade nos tornam fortes, maduros, passivos e seguros....

Estive pensando em você novamente...
E pude sentir a vibração de seus pulsos cortando veredas.
O poder de seu pensamento rompendo barreiras, muros, Dickens...

Estive pensando em você novamente...
Com sua blusinha rosa, colhendo rosas no jardim de sua alma
Gritando com os braços abertos, como um cristão reivindicando seus atos.

Estive pensando em você novamente....
Com receio, com desgosto, sem principio, por talvez, lhe ter magoado,
Um desentendimento do lado errado, um dizer mal dito....
Uma frase inacabada, um verso sem nexo....

Estive pensando em você novamente....
E mesmo distante, vejo seu rosto pensativo
Sabe se lá o motivo, e vejo passar por mim o vulto do destino com suas roupas desbotadas, apontando para a vastidão, onde sopra o vento, como uma criança cuspindo no bolo querendo apagar a vela...

Estive pensando em você novamente...
Andando pra lá e pra cá, comendo Maria mole, e lambendo os lábios
Meditando sobre os sábios, sobre os velhos Magos e seus báculos,
Ouvindo o barulho da chuva na telha de zinco, a segurando a vida com afinco.

Estive pensando em você novamente...
Dentro de uma torre em Amsterdã, admirando as lhamas peludas dos altiplanos
Querendo planar com os condores andinos, exibindo sua face, atraindo o vento
fora da janela do trem que faz a linha Rio Branco/Lima.
Lembrando da dança da prima.

Estive pensando em você novamente....
com sua pasta de dente, seu brincos, seu perfume seus costumes....
sua segurança em dizer não, sua confiança em dizer sim.
Do seu reflexo no espelho encarando a verdade de frente.
No beijo na Senhora, Amiga, protetora, mediadora, mãe...

Estive pensando em você novamente....
Na perfeição que muda a afeição, nos desenhos performáticos nas paredes de alvenaria
Nos passos como um monólogo para os pés, e nos gestos como um dialogo para as mãos. Na sua aflição presa no peito, como um passaro raro dentro de uma gaiola de bambu.

Estive pensando em você novamente....
Mas em amizade não se fala, não se pensa....
Se vive ...
Como...Tom e Jerry,
Como...Ernesto Cheguevara e Alberto Granada
Como...Simon e Garfunkel
Como...But Spencer e terency hill
Como...charlie chaplin e a criança....

Romir Fontoura



Esses dois escritos acima "Estive pensando em você", e "Estive pensando em você novamente" dedico a uma pessoa de valores sobrenaturais e de percepção além da própria intuição que para muitos seria uma incognita, mas ela sempre soube transformar e dar vida a sua imaginação, a sua vontade de ser além do ser, essa é luciana e sempre será...

MEMÓRIA EM PRETO E BRANCO



Veja só esse meu sorriso
Refletindo toda sua insanidade
Minha memória em preto e branco
Só demonstra sua decadência

Meu adiante colorido
Desbotou em complexos complexados
Não precisa ter pressa
Pra ficar do meu lado

Todos os meus lados estão ocupados
Mas, minta mais porque ainda tem espaço
Não me cansei de ser incógnita
Sou um passatempo tediante
E um labirinto sem mapa e sem saída

Sou uma panela de pressão em ebulição
Meu ponto de fusão com você já passou do limite
Meu passado se perdeu no tempo
Minhas cores estão entre o preto e o branco

Sou o cinza porque sou incerteza
Não sou claro nem escuro
Sou o vazio entre as duas metades da laranja
Sou água barrenta de um mar impuro

Meu prazer já tem remédio
Minha cura é escura
Vivo trancada
Dentro de minha própria moldura

O dia passou sem se notar
Todo dia esperar anoitecer
Pra se tornar escuro
E continuar sem se perceber

Ação por si só sem reação
Todo tempo é programado pra não voltar atrás
Todos os meios termos estão na minha frente
Toda memória não passa de repetição


~"La pibe"~
Luana






Esse escrito é uma pequena homenagem para uma grande garota, que carinhosamente chamo de "LA PIBE" (Luana), pela desenvoltura dos versos, criatividade e características peculiares, parabenizo pelo escrito, boas vibrações sempre, e antes que eu me esqueça...ela saiu lá de Natal e veio parar aqui para me visitar.. uma abraço.


Romir Fontoura

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

CORPO OCO


O coração cora a ação,
Doura a aura
Encarna a carne
Língua mingua
De salivas salobras

A veia aorta entupida.
O sangue sungue,
Sangra sangre.
A arte remota de sofrer.
Que faz romper
O cordão umbilical
Nas mãos sujas de cal.

Víscera encera
As tripas
Ripas no telhado da alma,
E no sótão,
Soltam os espíritos
Em espirros,
As esfinges com tumores na laringe
Finge que a dor não dói.

Os abraços abraçam os baços,
A cria que ria
Soletra a letra só.

E o corpo oco
Contenta-se com tão
Pouco.



Romir Fontoura









sábado, 10 de novembro de 2007

O HOMEM COM SEU MACHADO, MARCHA EM DIREÇÃO AO ACHADO


O homem com seu machado marcha, em direção ao achado.
A lamina afiada da discórdia, reflete seu rosto cálido.

Erguem-se os pulsos
enquanto a mata ainda respira
o coração intacto como a madeira maciça
a madeira do caixão, que guarda seu corpo que já não mais respira
a madeira do seu guarda roupa que guarda seus pertences
sua blusa de lã de carneiro, seu sapato de couro de jacaré
suas camisas de fibras sintética.

O homem pensa que pensa
Fere a si mesmo a cada instante
Cava o abismo e se enterra dentro dele.

Mas dentro do abismo ainda existe;
Mac donalds e coca cola..
Sombra e água fresca.

O homem com seu machado marcha em direção ao achado
Devasta o caminho, mas nunca chega a “lugar nenhum”.

Correm contra o tempo em seus carros que cospem fumaças
Nas suas “espaçonaves” aerodinâmicas.
Na sua ânsia sistêmica.

Mas dentro do abismo ainda existe;
Preto-óleo, branco-neve.
Arco-íris; meio-ambiente. (só meio).

O homem pensa que pensa
Cospe a saliva da ganância em si mesmo.
E faz do abismo seu imperialismo.

Mas dentro do abismo ainda existe;
Cérebros enlatados, genes alterados;
Alimento transgênico e fome ecumênica.

O homem pensa que pensa
E corta um pedaço de si mesmo a cada instante
Com o machado que se sustenta do achado.

Romir Fontoura









segunda-feira, 5 de novembro de 2007


"Até um dia de precipitação no sol"


Romir Fontoura

domingo, 4 de novembro de 2007

AS FORMIGAS PODEM SUBIR NOS ARRANHAS CÉUS


Antecedentes inocentes
Carente às vezes sem opção
Indigentes do Mundo Moderno.

máquinas
Corroendo um a um.

Espíritos moídos
Cabeças cheias de ódios
Um pequeno que nunca se torna grande.

Autores do sucesso, dos outros.
E antes de mim, todos.

Poderia me tornar “forte” maciço como colunas que ostenta.
Gigantescos Arranha Céus.
Mas prefiro ser como as pequenas Formigas na luta para conseguir alimentos.

Mãos que pegam sobras,
Mais uma obra entregue.
Mais um para nascer,
Mais um para morrer.

Os humildes sumiram,
ou não foram vistos.
Passam despercebidos.

Mas as Formigas podem subir nos Arranha Céus.

Romir Fontoura




DE CABEÇA PARA BAIXO


Vejo rodar em torno de mim
Meu corpo inquieto
A cabeça balançando em cima do pescoço.

A voz trêmula,
Os olhos em viravoltas.

O piso virou teto
O teto virou parede
E a parede virou piso.

Minha cama em cima da parede
Os quadros pendurados no teto
E as lâmpadas agora acendem no piso.

Estou de cabeça para baixo
Toda bebida vai direto para o cérebro
Sem conexão no organismo.

O lado esquerdo ficou direito
O lado direito ficou esquerdo.

Meu coração agora bate do outro lado,
Deixei de ser canhoto. Mas nunca me endireito.

Agora para chorar as lagrimas encharcam o cabelo,
Mas continuo vendo as pontas dos pés quando caminho.
Só quando grito minha voz sai ao avesso.


~Romir Fontoura~

ALUCINAÇÃO (Nas alturas de uma outra dimensão)


Ainda me lembro do enlace na neblina
Nas alturas de uma outra dimensão,
O rastro enfumaçado e mórbido que invade a retina,
A visão distorcida e conturbada como efeito da alucinação.

Meu corpo estático, minhas mãos se agarram em vão
A voz que chega aos meus ouvidos me implorando para descer,
Parece que estou pendurado nas asas de um avião,
O vento invade a face, fazendo meus dedos esfriarem até endurecer.

Como um urubu vejo do alto a carniça de roupas multicoloridas.
Os mortos daquele instante passam por mim como um foguete,
As nuvens se transformam em mulheres arrependidas,
O sol de lâminas afiadas vai me cortando como um estilete.

Os anjos de unhas negras querem arrancar meu coração.
Minha sombra amedrontada tenta resistir ao ritual,
Onde estão os Deuses responsáveis pela proteção.
Meu sangue escorre do céu como lágrima natural.

Já não consigo respirar como um Guepardo ofegante
Cada pedaço de mim, despenca sobre a terra inundada
Meu nariz virou uma fornalha de fogos dançantes,
E o que sobrou inteiras, forma minhas mãos penduradas.

Os meus pedaços são juntados como peças de ligação
Braços e pernas pareciam galhos de árvores esturricados,
Meus olhos ainda piscavam sem dilatação,
Minha boca abria e fechava jurando justiça aos culpados.

Romir Fontoura



A palavra alucinação significa, em linguagem médica, percepção sem objeto; isto é, a pessoa está em processo de alucinação percebe coisas sem que elas existam. Assim, quando uma pessoa ouve sons imaginários ou vê objetos que não existem ela está tendo uma alucinação auditiva ou uma alucinação visual.


VIVO ?


A mocinha tem cabelo de seda,
Seda seu lugar para a meretriz na mesa de parto,
Parto, mas deixo um pouco de fragmento,
Fragmento os beijos numa tela bordada,
Bordada são as asas das borboletas,
Borboletas voam sem pára-quedas,
Pára quedas, mas não pára tombos,
Tombos deixam os corpos ralados,
Ralados, os mamões e as cidras viram compotas,
Compotas de vidros ornamentados e forjados.
Forjados, são os que aceitam e calam.
Calam os meninos, pois vai começar a novela,
Novela, quando atrasa as donas ficam bravas,
Bravas, são as galinhas quando estão chocando,
Chocando estão às ações da humanidade,
Humanidade que não cuida, só descuida.
Descuida dos seus pertences para você ver,
Ver era um desejo do cego da praça,
Praça vira avenida, avenida é passagem para a rodovia,
Rodovia passa os carros enfumaçados,
Enfumaçados são os fogões a lenha,
Lenha, que vira carvão,
Carvão, que assa a carne,
Carne, até animal ainda tem,
Tem terno de linho na loja da esquina,
Esquina onde ficam as mulheres de batons,
Batons que vieram do estrangeiro.
Estrangeiro, quando chega aqui acha que já é dono,
Dono tem dinheiro,
Dinheiro compra comida,
Comida mata a fome,
Fome mata gente,
Gente diz que pensa,
Pensa e acha que existe,
Existe é muita sujeira lá fora,
Fora os engravatados corruptos,
Corruptos lavam as mãos com sabonetes líquidos
Líquidos não são duros como os sólidos,
Sólidos são os muros que dividem os povos,
Povos existem em todas as partes,
Partes, nunca são repartidas iguais,
Iguais, são os olhos dos japoneses,
Japoneses cospem tecnologia,
Tecnologia para construir viadutos e pontes,
Pontes passam sobre rios,
Rios estão cada vez mais poluídos,
Poluídos ficam meus olhos quando enxergam isso tudo,
Tudo para quem tem, é nada,
Nada, para ganhar medalha de ouro,
Ouro foi-se todo daqui,
Daqui a pouco é outro dia,
Dia, onde começa tudo novamente,
Novamente nunca será uma nova mente
Nova mente já se cria em laboratórios,
Laboratórios manipulam remédios
Remédios trazem a cura,
Cura, não é milagre,
Milagre só Deus ainda sabe fazer,
Fazer tem que ter disposição,
Disposição só tem quem levanta cedo,
Cedo os galos cantam,
Cantam os fieis nas igrejas,
Igrejas são casas de orações,
Orações são feitas com terços,
Terços são confeccionados para as beatas,
Beatas são senhoras,
Senhoras andam com os senhores,
Senhores, já foram filhos.
Filhos dão trabalho.
Trabalho faz ganhar o pão,
Pão dormido fica velho,
Velho, vai dizimando até morrer,
Morrer é só para quem está vivo.
Vivo?...


:::: Romir Fontoura ::::








sábado, 3 de novembro de 2007

Aprender são sintonias absorvidas, energias refletidas, uma ressonância de argumentos que vira um incremento para uma nova pergunta em busca de mais aprendizagens para uma nova descoberta.
Sou um aprendiz que “nunca aprende”, mas que sempre busca um novo aprendizado para entender o antigo.
;;;Romir Fontoura;;;

"Ao invés de RIFLES, RIFES de guitarra"
(Acordes da terra)

Hoje em dia associo o rock and roll aos recursos naturais, ambos cada vez mais escassos; Assim como absorvemos a água para manutenção do nosso corpo e para matar nossa sede, captamos o rock and roll para estabilização mental e sintonias eletrizantes, um dueto de mente sã em corpo sã. Mas com as “ações de desmanche” proporcionadas pelo ser humano desmontando o grande palco onde se passa o show da vida, um palco que já foi dinâmico aos rifes essenciais da sobrevivência, o maior dos palcos que tinha capacidade para milhões de pessoas, onde ainda se ouvia acordes de harmonia e perfeição. A grande arena; TERRA, que dias após dias vem perdendo seu publico mais seleto, seu publico mais harmonioso, um publico que ao ouvir o som das cachoeiras transportava os acordes para as cordas da guitarra, fazendo um som natural e puro, limpo para os ouvidos mais apurados, publico que bebia água da fonte e se banhavam desnudos em ondas sonoras, mas hoje em dia as cordas das guitarras estão nos pescoços dos desalmados, que trocam rifes por rifles, notas sinfônicas por nota cifrônicas.
Daqui uns tempos vamos lembrar daquele copo de água que lubrificava as cordas vocais da garganta do vocalista ativista, como quem lembra de um mito cujo poster ornamenta seu quarto, pois quando ligo as “turbinas” do meu modesto som de 14 caixas acústicas me transporto por tempos áureos, e lá pertinho do meu palco hipotético, sinto o movimento da platéia em tons vibrantes, molho a garganta para gritar em voz possante, e meus olhos acompanham aquele mito do poster que surgia dedilhando sua maquina de guerra que atirava ritmos e acordes, sons que tiravam o sono. E ao inserir uma de suas canções que falava de uma tal metralhadora (Machine gun), levei a mão no peito e vi que fui atingido com balas sinfônicas, e quando olho para o poster sinto no peito a nostalgia da magia que os tempos remotos proporcionaram.
Humanidade toque um acorde que acorde que faça despertar do sono dos injustos, ainda bem que não tenho coração, tenho é uma guitarra vibrando dentro do peito.
Romir Fontoura
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quinta-feira, 1 de novembro de 2007


"VAMOS ACABAR COM A POBREZA SEM DIZIMAR OS MENDIGOS, OS MISERÁVEIS, OS DESPROVIDOS DE RECURSOS, EIS A NOSSA MORADA... DE TODOS... "
*+* Romir Fontoura*+*